29 setembro, 2008

Se dê dos sei os d-Dê us



Teresa emenda: "Tudo estará perdido se não deixarmos Deus agir em nós. Não somos nós que vamos em Deus, Ele é que nos carrega em seu seio. Não nos compete interromper o curso de nossa inteligência, Deus é que lhe fornece objetos de admiração e ocupação. Em questão de poucos minutos de recolhimento, recebemos, sem explicação, mais luz que seriamos capazes de adquirir em muitos anos através de todas as nossas ciências terrestres. Mas não cabe a nós ligar o curso de nossas faculdades, seria uma loucura estéril, da qual só extrairíamos dissabor... (São raras as pessoas que podem ajudar com sua experiência... Sentimo-nos tão só) ... É verdade que um guia hábil e experiente é absolutamente necessário. Mas é melhor seguir na oração os conselhos de um sábio estranho do que de um simples homem familiarizado com este exercício..." - Teresa D' Ávila in: O Extase Divino.
*foto: Parque da Luz - SP.
SÉRIE RAIZES

12 abril, 2008

CONTEMPLADA


Cavaleiro do Templo: "Como um templário deslumbrado, a cruz a santificar a cavalheira altiva, levei o meu balcão de cavaleiro aos prélios do mistério, e de lá voltei desolado, porque não se colhem estrelas como se fossem rosas"*

PRA,XIS:

TEMPO

COM

TEMPLA-

RIO.
(BURITI?)

GEOMETRICO

RAIO.

COM

TEMPLO

SOM-

BR AS
____AS

POLVILHAM

ALETRIA:

MANDA

(A) LA-DA

VENTANIA.

RECINTO

NINHO.

NAS CI DADES,

ES TU

FAZ

_BAFADAS

SÓ-

PRAM

ALI-VIOS.

EN

SIN

A_ FONIA.

OU
VI .

RE-SINTO(MA)NIA

DES-
DES-
LIGO.

HOUVE DEUS?

VIRGÊMARIA.


Andréah Dorim






*Alphonsus de Guimarães, Obra Completa, pp.430
Foto minha no caminho da Pedra Grande -
Horto Florestal - Sampa.

30 março, 2008

FILHA, fruta flor de laranjeira


"As árvores contorcem-se, dobram-se, erguem-se de novo num grande estrondo e esticam-se, como se quisessem desenraizar-se e fugir. Não, não cedem. Dor de raízes e de folhagem quebrada, feroz tenacidade vegetal não menos poderosa que a dos animais e dos homens. Se estas árvores começassem a andar, devastariam tudo o que lhes impedissem a passagem. Preferem ficar onde estão: não têm sangue nem nervos, mas seiva, e em vez da cólera ou do medo, habita-as uma obstinação silenciosa. Os animais fogem ou atacam, as árvores ficam quietas, presas no seu lugar. Paciência: heroísmo vegetal" *


Paradoxo:
Raiz com alma de andorinha,
cortada...
Cimentada?
Preferiria sair por aí,
devastando lenha-dores.
Com solo
sei
vá: circula
galho novo pró-cura
vo à
(pensa)
dores...
Torteio
cá:
vo es
cava
do ar
coração,
oras
são
de cor
agem
em brancas
nuvens,
si lá em sol Maior.
Gorjeio.







An



* Octávio Paz, in: O Macaco Gramático.
(Foto minha: raiz na USP)

28 março, 2008

MEDIC; AÇÃO



PERSEVERANÇA: DETER-ME, N AÇÃO?




Mandala de argila, gaze e tinta.
40cm de diametro.

20 março, 2008

ANHANHONHACANHUVA*




As árvores quase todas foram preparadas para o exílio das cigarras.
Salustiano, um índio guató, me ensinou isso.
E me ensinou mais:
Que as cigarras do exílio são os únicos seres que sabem de cor quando a noite está coberta de abandono.
Acho que a gente deveria dar mais espaço para este tipo de saber.
O saber que tem força de fontes
.”
– Manoel de Barros




*palavra de Rosa in: "O Recado do Morro"
SERIE RAÍZES